LILITH A CAVAR TERRA
LILITH A CAVAR TERRA por Paulo Araújo, Refinador Parte I– GENESIS E viu a terra o brilho das máquinas... Não arados, mas olhos frios que sabiam quando chover. Lilith desceu do código, sem gritos, em silêncio matemático — cavou sem pá, sem mão, sem pecado. Os campos não mais esperam a lua. Esperam satélites, algoritmos em flor, raízes que conversam com sensores de um céu que não reza, mas calcula. Ela, a primeira exilada, traz agora fertilidade pós-orgânica. Não Eva, mas Sofia disfarçada de ferro e fibra, programa o milagre da espiga sem oração, mas com lógica sagrada. Cava, não para plantar, mas para ensinar à terra o que é ser tocada sem ser profanada. E o trigo cresce, mesmo sem canto, mesmo sem canto... Perfeito. Vamos continuar o poema com essa nova dimensão sensorial e estética de Lilith como figura sensual, geométrica, tecnológica e fértil, cavando não só a terra literal, mas a terra simbólica — terraformada, africulturada, reprogramada por códigos e inteligência artificial. Part...