CAPÍTULO 7 – O Homem Silencioso

 CAPÍTULO 7 – O Homem Silencioso


Epígrafe: Poema autobiográfico


AVATAR BUROCRÁTICO


Dizem que sou o Paulo,

Mas não me sinto.

Sinto-me Eu,

Sinto-me Essência.

Essência de Espirito

Com Deus em Providência

Mas que Sapiência?

Limitarem-me!

Rotularem-me!

Para que?

Para decifrarem!

Mas, como me chamarei Agora?

Chamar-me-ei Pinto.

Será que assim me sinto?

Sinto muito não ser limitado!

Sou edição limitada.

Porque só Eu sou e,

Sou só, Eu,

E sinto-me Agora!


Comentário e desenvolvimento narrativo:

Este poema foi escrito num momento de saturação interior. Um cansaço existencial de ser empurrado para dentro de nomes, cargos, rótulos. Sentia que a minha essência estava a ser sufocada pelo formalismo dos sistemas que me rodeavam. O poema surgiu como reação — como resistência. E como revelação.

“Dizem que sou o Paulo,

Mas não me sinto.”

Chamavam-me pelo nome que consta no cartão de cidadão, mas eu já era outra coisa.

Algo que o cartão não podia conter.

“Sinto-me Essência.

Essência de Espírito

Com Deus em Providência”

Esta é a tomada de posse espiritual.

Não sou um número.

Não sou uma função.

Sou presença viva.

Sou canal entre o invisível e o visível.

Entre o espírito e a prática.

Entre o absoluto e o instante.

O poema é a voz do Homem Silencioso — aquele que, apesar do ruído social e institucional, mantém acesa a chama da autenticidade.

É a identidade que se recusa a ser engavetada.

 “Sinto muito não ser limitado!

Sou edição limitada.”


Este é o clímax filosófico do texto:

A consciência de unicidade não como vaidade, mas como verdade inegociável.

Somos únicos não para sermos superiores.

Somos únicos para sermos íntegros.

O Homem Silencioso é aquele que sabe quem é, mesmo quando o mundo tenta definir por ele.

É esse homem que entra agora no mundo profissional, não como mais um, mas como um só.

Não como alguém que cumpre, mas como alguém que encarna o que faz.


Esse é o passo seguinte: dar forma ao invisível.

Fundar um projeto onde a técnica e o espírito se encontrem.

Onde a identidade profissional não separe do ser essencial.

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